Título
de eleitor, um lixo
Edilson
Elias
Fizemos
uma análise sobre os documentos utilizados no Brasil e observamos, que não
obstante ser obrigatório o voto em nosso país,
- invariavelmente, ainda ladrões tomam conta do poder -, a validade
dessa identidade não representa nada, tanto em estabelecimentos de crédito,
quanto na identificação do portador desse “lixo”. E o agravante maior é que,
hipoteticamente falando, se esquecermos o título em casa, e soubermos o local
de votação, como Zona e Seção, podemos “cumprir com nosso dever cívico”, com
outro documento, sem essa mentira que temos utilizado na hora de votar. É bom
lembrar que seu uso ainda é obrigatório a cada dois anos, sem comentar quando
um prefeito é cassado e esse procedimento deve ser realizado fora de época,
como ocorreu recentemente.
Outro
detalhe: Sua utilização como acontece atualmente fere a democracia, pois
precisa ser utilizada "sob livre e espontânea pressão". Com a
tecnologia avançada, inclusive, com o sistema biométrico, exclusivo ao portador,
ainda assim sua validade é discutível, pois não tem foto, e pela capacidade
técnica para sua confecção, poderia ter sido concebido com a imagem de quem é o
titular da referida documentação, que poderia ser utilizada em bancos, por
exemplo. Infelizmente, muitos detentores de cargos públicos no Brasil, não
possuem escolaridade suficiente para promover soluções sérias até na confecção
da identificação da “vítima” detentora dessa carteira, que só ocupa espaço entre
os documentos e é utilizada a cada biênio.
Um
fato que precisamos mencionar é que até nos textos jurídicos existem brechas
pelo fato de serem mal redigidos, sem nenhuma estrutura de redação. E se não
bastasse tudo isso, em nossa Constituição muitos artigos desequilibram inúmeros
parágrafos, permitindo mudanças, muitas vezes discutíveis, devido ao péssimo
texto produzido.
Em
relação à documentação eleitoral, em nosso modesto entender deveria ser confeccionada
com maior responsabilidade, mesmo porque, com os equipamentos atuais é possível
produzir uma habilitação respeitável, com foto, carimbo d’água, e o melhor no
que diz respeito à uma carteira decente, sem dar nenhuma margem a erros,
promovendo até orgulho para o detentor desse documento e sua utilização teria
extremo valor e cuidado ao seu portador para não perdê-la. Tecnicamente é
possível. E temos um exemplo. Ao motorista é exigido uma série de exames para
que tenha liberado a mais utilizada ferramenta para identificar o titular de
qualquer natureza, até no setor bancário.
edilsonelias@yahoo.com.br
O autor é jornalista,
historiador do Paraná, escritor e diretor presidente do jornal FATOS DO PARANÁ®
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